Separamos alguns materiais para download.....bom proveito!
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksLV9SOUVwT01TVlE/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksQzF0dkJBTUR4RE0/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksS3B0MXJYRlpTV0k/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksSGpOODZnczd0Wnc/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksSHRmeGppMjJqNFk/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksSkxITFRiQU1EdEk/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksSlQyQlRLblNweEk/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksUUZEWUpsdTVZQ1E/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksWFFmdGFleEROaUE/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksX1NKWHF6a3ZVVFU/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksYXFCT1ZVUi1hV3M/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksZ1RlYjdwLXdNR0U/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksZDFQVHlFT21NVTA/edit?usp=sharing
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https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksa25XOG9MSm9Dc00/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksanlWSTJ3WFUzbnM/edit?usp=sharing
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https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1kscmx3cHUtRHF6c1E/edit?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B9l70x28U1ksdnhHVEVGazM0Q2s/edit?usp=sharing
Controle ecológico de pragas e doenças
INTRODUÇÃO
Sentimos a necessidade de vida e alimentação mais saudáveis. A
contingência urbana, cada vez mais acelerada, determina o ritmo conturbado do
nosso dia a dia. Não precisamos e nem poderíamos viver espelhados em tempos
passados; mas poderíamos ao menos buscar na antiga agricultura alguns
conhecimentos para o cultivo sustentável da terra.
O fortalecimento da agroecologia é proveniente desta nossa
necessidade de cultivo e consumo de alimentos limpos e saudáveis e também da
extrema urgência de cuidarmos melhor das nossas fontes de água, de todos os
seres vivos que sabiamente a natureza criou, equilibrando a terra e
principalmente, à nossa família, oferecendo alimentos e plantas produzidos sem
alterar de forma tão agressiva o planeta em que vivemos.
Atualmente sabemos do mal que os agrotóxicos e os insumos
sintéticos causam a curto e em longo prazo. Eles são prejudiciais diretamente
para quem os aplica e causam sérios danos ao meio ambiente. Descrevemos apenas
alguns pontos negativos do uso de agroquímicos:
1 - Degradação ambiental (contaminação dos lençóis
freáticos, da água potável entre outros).
2 - Danos a saúde devido a níveis elevados ou mesmo baixos
de resíduos químicos industrializados.
3 - Destruição indiscriminada de insetos sem nenhuma
consideração sobre o seu papel na natureza.
4 - Envenenamento de animais como pássaros, gado, criações
em geral e pessoas que tenham contato com eles.
5 – Desenvolvimento de resistência em insetos, podendo
ocorrer fortalecimento dos mesmos já que muitas vezes seus inimigos naturais
foram eliminados.
Desta forma é nosso dever procurar alternativas para um cultivo
mais racional das nossas plantas. Este cuidado não deve ser apenas na
agricultura, deve ter inicio nas nossas casas, nos nossos vasos e nos
nossos tão estimados jardins.
1- FORMAÇÃO DO SOLO
O intemperismo biológico, físico e químico sobre a rocha mãe dá
origem ao solo; a biodecomposição dessas rochas realiza-se através de milhares
de anos reduzindo-a a partículas. A rocha desfeita é transformada ainda mais
por micro e macro organismos (bactérias, fungos, minhocas, tatuzinhos, etc) e
isto agregado a restos de animais e plantas vai formando os extratos do solo.
As rochas expostas à atmosfera, ficam submetidas a ação direta do calor do sol
e da água das chuvas, o que provoca modificações na composição química e física
dos minerais.
Sob a ação do conjunto de fenômenos químicos, físicos e
biológicos, o solo começa a formar-se se organizando em camadas de aspectos e
constituição diferentes, mais ou menos paralelas a superfície, denominadas
horizontes.
Quatro destes horizontes são muito importantes para a
agricultura:
- Horizonte “O”: possui restos animais, vegetais e
microorganismos.
- Horizonte “A”: tem geralmente cor escura e é a camada
fértil com riquezas minerais que alimentam as plantas, nele, encontramos
folhas, ramos, resíduos vegetais e animais parcial ou totalmente decomposto. É,
portanto, bastante humoso, contendo a maior parte dos sistemas radiculares das
plantas (camadas de 0,30m).
- Horizonte “B”: é o subsolo, mais duro, podendo atingir
vários metros de espessuras. Sua biodegradação é intensa.
- Horizonte “C”: apresenta grande quantidade de fragmentos
de rocha em processo de desintegração (alterita).
Rocha mãe, embasamento do solo. A rocha mãe determinará a cor,
os minerais e o tipo de solo.
1.2. SOLOS E SEUS CONSTITUINTES
Os constituintes do solo compõem-se de quatro partes: ar, água,
matéria orgânica e porção mineral. Solo com boas condições para desenvolver
plantas com alta demanda de água:
• 20% matéria orgânica
• 30% minerais
• 25% ar
• 25% água
Para plantas com abaixa demanda
de água
• 10% matéria orgânica
• 40% minerais
• 25% ar
• 25% água
O valor pH exprime a intensidade de alcalinidade ou acidez do
solo e significa potencial de Hidrogênio (H é o símbolo do Hidrogênio).
Solo ácido; quer dizer terra com grande quantidade de íons de
hidrogênio. Esses íons estão em solução no solo ou fracamente presos as
partículas de argilas e de matéria orgânica de onde podem sair. Os solos ácidos
são comuns nas regiões tropicais úmidas onde o excesso de chuva arrasta
elementos como o cálcio e magnésio de sua parte superficial. A acidez eleva a
temperatura do solo favorecendo o aparecimento de fungos e bactérias,
precursora de doenças fungicas e bacterológicas nas plantas.
A alcalinidade resulta da acumulação de sais, especialmente o
Cálcio(Ca), magnésio (Mg) e sódio (Na) produzindo na solução do solo um predomínio
de íons OH (hidroxila) em relação ao H (hidrogênio). São características das
zonas áridas e semi-áridas. O pH alto abaixa a temperatura do solo
desfavorecendo a microbiota que biodegrada a matéria orgânica.
Escala de pH: é formada por 14 unidades de vão. Os valores de pH
são assim classificados:
1 a 5,5 = acidez
5,5 a 6,5 = neutro
6,5 a 14 = alcalino
Os elementos nutritivos do solo estão solúveis para a maioria
das plantas na faixa de pH entre 5,5 a 6,5. As bactérias e fungos
desenvolvem-se bem nessa faixa de pH, biodecompondo a matéria orgânica e
transformando-a em húmus. É importante ressaltar que cada planta tem seu tipo
preferido de solo. Nem sempre um solo ácido é ruim para o cultivo e
vice-versa.
Constituintes físicos (consideramos para a facilidade de estudo
apenas a areia, argila e húmus): A areia e a argila são constituintes minerais,
o húmus é matéria orgânica biodegradada. Quase sempre o solo é o resultado da
mistura desses três constituintes em proporções variáveis, assim temos: solos
argilosos, arenosos e húmus.
Macro-nutrientes:
Nitrogênio (N) principal elemento que compõe as proteínas,
fósforo (P) pouco exigido pelas plantas potássio (K) ajuda na formação de
açucares e proteínas e controla a absorção e perda de água pela planta, Enxofre
(S) ajuda na formação de proteínas e fortalece o sistema imunológico, Cálcio
(Ca) é indispensável a todas as plantas, especial agente formador da estrutura,
Magnésio(Mg) é essencial a fotossíntese da planta, através da qual a planta usa
a luz do sol para produzir energia.
Luz do sol, que a folha traga e traduz, em verde novo, em verde
folha, em graça, em luz...”(Caetano Veloso)
É a fotossíntese a atividade mais importante das plantas,
constitui na captação pelas plantas de gás carbônico (CO2) do ar e sua transformação
junto com o Oxigênio atmosférico O2 e H em energia. Ao fornecer boas condições
de vida para a planta (ar, água, sol e solo), o processo da fotossíntese é
facilitado, gerando plantas saudáveis.
Micro-nutrientes:
Boro (B) é importante na formação do pólen e no crescimento do
embrião, Ferro (Fe) influencia na formação da clorofila que age na
fotossíntese, Manganês (Mn) aumenta a resistência das plantas a pragas e
doenças de variações climáticas. Zinco (Zn) influencia no desenvolvimento das
partes mais jovens das plantas e na produção de hormônios de crescimento, Cobre
(Cu) aumenta a resistências das plantas as pragas, doenças e a seca, Molibdênio
(Mo) melhora o desenvolvimento das raízes, Cloro (Cl) é indispensável para o
bom desenvolvimento dos macronutrientes, Cobalto (Co) ajuda na fotossíntese e
na fixação de nitrogênio pelas leguminosas.
Tanto os macros como os micronutrientes são elementos
essenciais.
Em geral os solos de São Paulo são pobres em nutrientes por isso
é necessária uma avaliação, é interessante buscar o equilíbrio para produzir
plantas saudáveis.
O solo ideal seria uma mistura equilibrada entre os tipos
argilosos, arenosos e o húmus, onde a planta encontrará condições adequadas
para se desenvolver completamente.
SOLO VIVO = PLANTAS
SAUDÁVEIS
Em um ambiente equilibrado, como numa floresta, existe uma
grande biodiversidade. Isto significa que há uma grande quantidade de insetos
sugadores, fungos e bactérias. Mas estes não chegam a ser pragas, pois cada um
tem um papel importante naquele ecossistema, ou seja, a população de insetos,
fungos e bactérias estão equilibradas com a população de plantas. Dificilmente
as doenças e pragas aumentam de forma desastrosa as suas populações, e o
ambiente equilibrado reage contra este tipo de ataque. As principais condições
que o ambiente fornece para que isto aconteça são:
- plantas bem adaptadas ao lugar em que estão vivendo;
- boa quantidade e qualidade de nutrientes no solo;
- solo vivo e boas condições de umidade;
- incidência de luz no sistema;
- presença de predadores e controladores biológicos de
pragas e doenças;
- quebra ventos naturais.
Quando as plantas se desenvolvem nestes ambientes, elas, através
dos processos de fotossíntese e de seu metabolismo, são capazes de produzir
substâncias complexas como proteínas, vitaminas e gorduras. Os organismos das
pragas e doenças são, na maioria das vezes, muito simples, ou seja, eles
possuem um aparelho digestivo incapaz de digerir substâncias complexas,
alimentando-se apenas de aminoácidos. Plantas mal nutridas produzem muitos
aminoácidos e não conseguem completar a síntese de proteínas sendo, portanto,
mais suscetíveis às pragas e doenças.
“Quando insetos invadem seu campo, eles somente vêm como
mensageiros do céu para avisar-lhe que seu solo está doente”(sabedoria veda,
1.600 anos aC).
Uma vez detectada uma infestação de pragas e doenças, é
fundamental investigar e descobrir o que está desequilibrado. Para corrigir e
melhorar as condições gerais de sua propriedade é importante devolver o
equilíbrio ao ambiente. Este processo é lento e bons resultados exigem ritmo e
disciplina. Numa situação emergencial, é necessário recorrer às técnicas de
combate, evitando a propagação desastrosa de pragas e doenças, utilizando
defensivos e práticas ecologicamente viáveis.
PRINCÍPIOS E
PRÁTICAS DE CONTROLE ECOLÓGICO DE PRAGAS E DOENÇAS
Que são pragas?
São parasitas que se multiplicam de maneira desordenada,
prejudicando a produção agrícola (agente externo).
Que são doenças?
Desequilíbrio causado por fungos, vírus e bactérias que são
atraídos pelo organismo vegetal quando este encontra-se desnutrido e sem
condições climáticas adequadas, prejudicando o seu desenvolvimento (agente
interno).
Condições favoráveis ao aparecimento e propagação de pragas e
doenças:
- monocultura;
- falta de matéria orgânica no solo ou até 5% de MO;
- exposição direta do solo ao sol e a chuva;
- planta fraca;
- desequilíbrio mineral;
- falta de micro-nutrientes;
- falta de incidência ou insuficiência de luz solar;
- excesso ou falta de umidade;
- excesso de vento.
CONTROLE ECOLÓGICO
Compostagem orgânica
Quando se deseja cultivar a terra, é necessário devolver a ela
os nutrientes e a vida que lhe foram retirados. A compostagem é o processo de
transformação de materiais orgânicos em húmus. O húmus é essencial para a vida
da terra, ele disponibiliza macro e micro nutrientes, umidade e ar, favorecendo
o micro clima. Nutre o solo e melhora suas propriedades físicas, sendo a
precursora da revitalização da microbiota que regenera solos degradados.
Vantagens: o composto agrega as partículas de argila, formando
os grumos que funcionam como esponjas, retendo nutrientes, água e permitindo
uma boa aeração no solo. Isto evita a compactação e a erosão, já que a água
penetra na plantação e não escoa superficialmente. Agrega nitrogênio, potássio,
enxofre, cálcio, magnésio, entre outros nutrientes, que ficam por muito mais
tempo no solo. Os grumos aumentam a resistência da terra em relação às
intempéries e ao manejo com máquinas pesadas.
Para a obtenção de composto orgânico coleta-se matéria orgânica
de fácil decomposição e fermentação (restos dos vegetais e animais),
transformando-a em húmus.
Material: folhas secas e verdes, corte de grama, galhos
triturados, serragem, aves, restos de vegetais domésticos, casca de ovos,
esterco bovino, suíno e de aves, restos de matadouro, etc.
Faz-se pilhas de acordo com o material disponível.
Como exemplo tomemos um metro quadrado, direto do solo cercado
por tábuas. Coloque o material em camadas de 0,20 a 0,30m de altura, tendo o
cuidado de regar toda a matéria orgânica. Para facilitar a saída do calor
gerado pela fermentação colocar duas estacas, provisoriamente para servir de
futura chaminé e termômetro. Quando a pilha já firmada inicia sua fermentação,
será produzido calor e a temperatura aumentará consideravelmente. Ao chegar a
30 dias, vem a primeira viração ou tombamento da pilha. Se o interior estiver seco,
rega-se até homogeneizar a umidade geral.
A parte superior da pilha é colocada no solo e a medida que
formamos as camadas, molha-se até chegar a parte final. Colocam se novamente as
estacas chaminés. A rega não é para encharcar, é apenas para umedecer.
Chegando aos 60 dias, procede-se novo tombamento, fazendo com
que o material volte ao seu lugar primitivo (o que estava em cima fica embaixo
e vice-versa).
A cor do composto já será escura ao chegar aos 90 dias. A
temperatura será a do ambiente e o cheiro agradável.
Adubação verde
É o cultivo de espécies vegetais que quando manejada
adequadamente adubam o solo. Nas entressafras como cobertura de solo para a
posterior incorporação destas. As principais espécies são:
Verão:
- crotalária;
- feijão de porco;
- feijão guandu;
- mucuna preta;
- mucuna anã;
- soja, entre outras.
Outono inverno:
- aveia branca e aveia preta;
- ervilhaca;
- grão de bico;
- nabo forrageiro;
- tremoço, entre outras.
Rotação de cultura
Quando cultivamos uma determinada espécie, ela retira alguns
nutrientes e repõem outros. Desta forma, a rotação de cultura é fundamental
para um bom manejo.
ALGUMAS PRAGAS E
DOENÇAS
Ácaros
Grupo de aracnídeos, minúsculos, quase invisíveis. Aparecem,
repentinamente, depois de períodos secos e quentes. Polvilhar com cal ou água
de alho esguichado com jato fino de água.
Besouro-serrador
Inseto que em período mais úmidos, corta árvores frutíferas e
outras. Ataca no inicio da primavera. Usar preparado dinamizado do próprio
besouro.
Brocas
Larvas subterrâneas de besouros escuros. Atacam trigo, arroz,
batatinha e hortaliças. Soltar galinhas na área. Catação manual.
Carunchos
Larvas que se introduzem nos grãos, depreciando-os. Ocorrem em
leguminosas e cereais armazenados por longo tempo. Misturar aos grãos folhas de
louro, eucalipto, alecrim.
Cochonilhas
São insetos sugadores que retiram os açúcares da seiva. Atacam
os mais diversos tipos de plantas, devido à umidade. Pulverizar com sabão ou
sementes de mostarda. Controle natural pela joaninha.
Formigas
Sua presença é uma mensagem de solo ressequido, sem fertilidade
e impermeabilizado pela impactação. Atacam hortaliças, frutíferas, gramíneas,
pastagens e alguns produtos armazenados. Controle natural: galinhas, tamanduás,
quatis, sapos e rãs. No formigueiro aplicar cal virgem e derramar água. Usar a
cal somente quando houver uma quantidade considerável de ovos no formigueiro,
pois a cal com água atinge uma temperatura de cerca de 100o. C cozinhando os
ovos e as formigas que lá estão. Espalhar sementes de gergelim nos canteiros e
cercar os formigueiros ou caminhos das formigas com biomassa fresca. Porém o
melhor método para controlar formigas e cupins é a introdução de matéria
orgânica, chegando a concentração de até 30% de MO no solo. Solos assim formigas
e cupins não atacam.
Gafanhotos
Possuem diversas fases de desenvolvimento, sendo que as duas
últimas são as mais vorazes. Atacam trigo, aveia, cevada, milho, pastagens,
cana-de-açúcar e alfafa. Coletá-los e queimá-los e colocar as cinzas sobre as plantas.
Lagartas
Existem vários tipos. Atacam capuchinhas, couve, e hortaliças em
geral. Armadilhas luminosas, pulverização da infusão de tomateiro. Usar
preparado dinamizado da própria lagarta. Usar plantas que atraem-nas.
Vaquinha
Aparência de um cascudinho verde. Ataca hortaliças. Deixar seiva
de grama entre os canteiros.
Oídio
Aparecimento de manchas brancas e brancas acinzentadas. Causa:
falta de nutrientes, falta de umidade, falta de sol, etc. Enxofre, direto no
solo ou borrifado. Pulverizar com leite ou lavar com água ajuda no controle.
Ferrugem
Manchas redondas que soltam pó, em folhas, frutos, ramos e
botões, causando queda dos frutos e grande perda de produção. Causa: excesso de
umidade e desequilíbrio dos ferrosmagnesianos no solo. Incorporar Boro e
fazer adubação verde com espécies espontâneas.
Podridão da raiz
Amarelecimento precoce da folhagem e a presença de cordões de
fungos violeta nas raízes. Causa: desnutrição, excesso de umidade. Destruir as
plantas contaminadas e remanejar a cultura.
DEFENSIVOS NATURAIS
Em determinadas épocas do ano, as plantas ficam mais vulneráveis
a certos tipos de pragas e doenças. Seguem abaixo algumas receitas.
Água de sabão de cinza
Este é o preparado mais usado na horta caseira. Pode ser usado
nas plantas ornamentais. Repelente de insetos, pulgões, cochonilha, lagarta e
piolhos.
Modo de preparar: picar 50 gramas de sabão e desmancha-lo em 5
litros de água quente, mexendo bem.
Modo de usar: Regar as plantas com o preparado por dez dias.
Água com cinza
A cinza originada da queima da madeira contém muitos sais
minerais. Desta forma esta calda serve como fertilizante favorecendo o
crescimento de plantas saudáveis.
Modo de preparar: juntar ½ kg de cinza e misturar a 5 litros de
água. Deixar descansar por um dia.
Modo de usar: depois de pronto, regar as plantas.
Enxofre
Controla doenças fungicas e microbianas e controla pragas
como cochonilha, ácaros, carunchos e gorgulhos.
Modo de preparar: 100 gr de enxofre em pó, 20 litros de água ,
20ml de óleo mineral (1%). Umedecer aos poucos o enxofre até fazer uma pasta.
Depois acrescentar o resto da água e misturar bem. Acrescentar o óleo mineral,
misturando mais uma vez.
Modo de usar: pulverizar sobre as plantas, evitando a época do
florescimento. O enxofre pode ser usado diretamente no solo. Proporção: 100
gramas de enxofre para cada 10 metros quadrados de terra.
Cal virgem
Controla ácaros e formigas e favorece o aumento da alcalinidade.
Modo de preparar: misturar 100 gramas de cal em 20 litros de
água fria.
Modo de usar: pulverizar sobre as plantas. Para formigueiro,
colocar a cal virgem diretamente neste e regar. É necessário óculos de proteção
para o preparo e aplicação desta calda.
Cavalinha e camomila
Controla doenças fúngicas e é fertilizante.
Modo de preparar: 300 gramas de cavalinha seca, 100 gramas de
flores de camomila seca, 11 litros de água. Colocar de molho em um litro de
água, por dois dias as flores de camomila, ferver a cavalinha nos 10 litros de
água restantes por 30 minutos e deixar amornar. Misturar com o macerado de
camomila.
Modo de usar: para cada 20 litros de água, usar um litro do
preparado e pulverizar as plantas.
PLANTAS
CONTROLADORAS DE PRAGAS E DOENÇAS
Algumas plantas atraem insetos e outras atraem fungos e
bactérias. Podemos fazer uso delas para nos ajudar no controle natural de
pragas e doenças incrementando-as em nosso cultivo como plantas companheiras:
Cavalinha (Equisetum ssp)
Repõe uma quantidade considerável de sílica no solo e ajuda no
controle de doenças fúngicas e bacteriológicas. A cavalinha é uma planta muito
especial. Se usada como esponja vegetal é preventivo da celulite e favorece a
regeneração celular por esfolamento da pele, uso moderado. Fortalece unhas e
cabelos e a estrutura. Favorece o crescimento das crianças.
Tagete (Tagetes patula)
Controla bem nematóides e atrai insetos variados. Também pode
ser usada calda de suas flores para controlar pulgões e ácaros. É
anti-microbiana.
Capuchinha (Tropaeolum majus)
Controla bem lagartas e atrai insetos, especialmente marimbondos
que é o predador natural da lagarta. É planta protetora. O preparado feito com
suas flores favorece a microbiota do solo acelerando o processo regenerativo,
se consorciada com espécies subsoladoras é precursora de biodiversidade.
Calêndula (Calendula officinalis)
Atrai insetos, traz o sol para o canteiro, boas companheiras
para centralizar canteiros.
Picão preto (Bidens pilosa) e serralha (Sonchus oleraceus)
Atrai pulgão cinza, ajuda a equilibrar a acidez (é mineralizante
e por ser rico em ferromagnesianos é usado no tratamento de anemia. Extrai
muito ferromagnesianos do solo favorecendo a troca catiônica aumentando o pH).
O Picão preto e a serralha são depurativos do sangue e do fígado. As flores do
picão e as folhas da serralha picadas em tamanhos pequenos é uma boa cominação
para o arroz. Ao desligar o arroz jogue a mistura das flores-folhas e abafe.
Sirva com azeite e pouquíssimo sal.
Picão Branco (Galinsoga parviflora)
Consorciada com o picão preto, a serralha e cultivares favorece
a regeneração do solo. O chá de picão branco com manjericão relaxa a mente e
vitaliza a estrutura se acrescido de cavalinha. Essa mesma receita diluída em
água (1/1) é um bom fertilizante deixando as plantas viçosas e nutridas.
Caruru (Amaranthus viridis)
Regeneradora de solo, favorece o aumento do pH. É mineralizante,
o consumo das suas sementes fortalece o sistema imunológico. É precursora da
concentração alinhando os corpos coração-mente-emoção, favorece o equilíbrio
emocional.
Mamona (Ricinus communis)
Boa companheira de frutíferas, favorece a biodiversidade, não
deve faltar na compostagem. Na adubação verde incorpora especialmente os
carbonatos. Planta tóxica. O fenômeno da mamona transgênica é bem interessante,
ela suga do seu entorno, tornando-se cada vez mais potente, é provável que as
próximas gerações sejam outra espécie Ricinus húmus sapiens.
MANEJO E CONTROLE
DE TIRIRICA
Uma das principais plantas daninhas, possui um conjunto de
bulbos, rizomas e tubérculos subterrâneos, interligados em forma de corrente,
de onde surgem as folhas e as hastes florais. Os tubérculos são produzidos nos
rizomas e, quando brotam, uma ou mais gemas começam a crescer, produzindo novas
plantas com mais tubérculos, garantindo a reprodução e a disseminação da
tiririca.
A maior parte dos tubérculos (80%) é formada nos primeiros 20
centímetros de profundidade do solo e pode ficar dormente por longos períodos
de tempo, sendo que quanto maior for a profundidade em que estiverem os
tubérculos, maior será o seu tempo de sobrevivência no solo.
• OCORRÊNCIA
A tiririca está presente no mundo todo, principalmente em países
tropicais e subtropicais, onde encontra condições ideais para o seu
desenvolvimento.
• DISSEMINAÇÃO
A tiririca se dissemina através de:
• aplicação de matéria orgânica contaminada;
• máquinas e implementos agrícolas com tubérculos aderidos.
• mudas contaminadas;
• touceiras de grama;
• enxurradas, sulcos e canais de irrigação.
• PREJUÍZOS
A tiririca reduz a produção agrícola em 40 por cento, em média,
podendo chegar a 90 por cento, no caso de hortaliças.
• MANEJO INTEGRADO DA TIRIRICA
As técnicas de manejo da tiririca baseiam-se na inibição da
formação de novos tubérculos e/ou da brotação destes, e podem ser: prevenção,
controle e erradicação.
• EVITAR A DISSEMINAÇÃO É SEMPRE O MELHOR REMÉDIO!
• Prevenção: A prevenção consiste em evitar-se a introdução
de plantas ou qualquer propágulo de tiririca em áreas não infestadas,
exercendo-se um rígido controle de qualidade das sementes certificadas.
• Controle: Esta técnica, que deve ser contínua, é composta
pelas seguintes fases: diagnose do problema, avaliação da adequabilidade e
seleção dos métodos disponíveis e específicos ao problema e execução do
controle propriamente dito.
• Erradicação: Esta técnica visa à eliminação de todas as
partes da planta da área, consisti em introduzir a cobertura do solo com jornal
ou papelão, seguida de cobertura morta. Essa cobertura evita a perda de água,
mantendo um teor de umidade que favorece os micros organismos. Com essa técnica
a tiririca por conter muitos hormônios favorece a biodiversidade.
•
• "PREVENIR É SEMPRE A MELHOR OPÇÃO!"
ALELOPATIA
Algumas plantas são companheiras outras são antagônicas. Ter
esse conhecimento permite-nos um cultivo harmonioso, saudável e, portanto,
equilibrado em nossas hortas e jardins.
Esse estudo requer uma observação diária das espécies que
cultivamos pois uma mesma espécie pode ser amiga de uma determinada planta e
inimiga de outra. Por exemplo: o tomilho é companheiro da sálvia, do tomate,
mas não se dar com o manjericão. A alface é amiga da beterraba mas se plantada
com a vargem não cresce frondosa e pode começar a trepar.
BIBLIOGRAFIAS
• Claudete, Inês e Mayer, Paulo Henrique - Manual de
alternativas ecológicas para a prevenção e controle de pragas e doenças;
• Barreto, Celso Xim - Prática de alternativas ecológicas
para a prevenção e controle de pragas e doenças;
• Hiroshi, Edson Seo - Manual de agricultura natural
unidade da vida;
• Sbrook, Peter - Manual prático e completo de
horticultura;
• Transparências das aulas de Ana Maria Primavesi – Manejo
de pragas e doenças
Welington Pereira, Embrapa Hortaliças
Dejoel de Barros Lima, Embrapa Hortliças
Túlio Gonçalves de Melo, Embrapa Hortaliças
Angelo Giovani Rodrigues, FEMO/EPAMIG
Idealização: estes textos e receitas são frutos dos meus
experimentos na fase inicial dos meus estudos contei com o apoio e experiência
de Sabrina Jeha.
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